sábado, 1 de março de 2014

Candidatos à presidência do São Paulo, Aidar e Kalil não passam confiança

Confesso não ter preferências nas iminentes eleições presidenciais do São Paulo. Penso no clube, apenas nele, e por isso tenho dúvidas. Desconfio de Aidar por ser situação, desconfio de Kalil por me parecer alguém 'por fora do futebol'. Porém, em muitas coisas ambos são parecidos - isso me assusta - e, sem dúvida, o péssimo comportamento perante entrevistas é uma delas.

Acompanho, apesar de morar em Natal, o Estádio 97, programa de grande audiência em São Paulo e que provavelmente a grande maioria dos torcedores são-paulinos também acompanha. Em 2013, Kalil, candidato da oposição, foi entrevistado pelo programa e, pela insegurança nas palavras, sofreu uma enxurrada de críticas. Todas com fundamento. Kalil foi desastroso e me criou um nó na cabeça.

Já Aidar, candidato da situação do São Paulo, indicação do atual presidente Juvenal Juvêncio, participou do mesmo programa em fevereiro de 2014, poucas semanas atrás. Aidar conseguiu superar negativamente a entrevista de Kalil. Também foi criticado ao vivo pelos próprios integrantes do programa, principalmente após declarar que viu alguém do São Paulo entregar dinheiro para a torcida organizada. Segundo ele, o dinheiro foi entregue para ajudar no 'Carnaval'. Aidar defendeu o ato e, 'inocentemente', disse que as pessoas que estão à frente da escola de samba são diferentes. Sabemos que não são.

Kalil e Aidar, oposição e situação do São Paulo, respectivamente (Foto: Fabio Vasques, Portal R7)

Evasivos, inseguros, exageradamente políticos, dispersos etc. Posso estar sendo crítico demais, exigente, mas ambos me parecem farinha do mesmo saco. E não quero nem citar os projetos de candidatura, totalmente frágeis e sem conteúdo, algo feito muito mais pela obrigação de se ter um projeto do que propriamente pela intenção de construir algo novo no clube. Espero estar errado sobre Kalil e Aidar. Presidente não necessariamente precisa ser bom de entrevista, o São Paulo já teve alguns que eram enrolados e conseguiram deixar um legado positivo. Entretanto, como não recebo para apoiar ninguém, muito menos tenho rabo preso, julgo-me no direito de desconfiar e analisar os candidatos de forma imparcial. Não serão apelações midiáticas, vitimização ou contratações delirantes que me farão mudar concepções e apoiar A ou B. Temo pelo futuro do São Paulo nas mãos de Aidar tanto quanto nas mãos de Kalil.

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